Is there an association between positive Strongyloides stercoralis serology and diabetes mellitus?

The purpose of this study was to determine the frequency of association between positive Strongyloides stercoralis serology and diabetes mellitus. A total of 78 diabetic patients and 42 controls were evaluated. For a parasitological diagnosis, Baermann and Hoffman et al.'s methods were applied. The immunological diagnosis involved the indirect fluorescence antibody test, ELISA and Western blotting to detect IgG antibodies. The frequency of positive S. stercoralis serology in diabetics was 23% versus 7.1% in the control group (P<0.05). The odds ratio for diabetics was 3.9 (CI, 1.6-15.9, P<0.05). Diabetic patients with HbA(1c)< or =7 had a greater chance of testing negatively for S. stercoralis infection (OR: 1.5, P>0.05). Provided there are related cases of disseminated strongyloidiasis in diabetics and there is a higher frequency of asymptomaticity of the infection in this group, the immunological screening of these patients at risk could prevent severe and fatal outcomes of the disease.

Hipotireoidismo primário simulando volumoso macroadenoma hipofisário / Primary hypothyroidism mimicking pituitary macroadenoma

Mulher de 21 anos apresenta história de 2 anos de irregularidade menstrual, com períodos de amenorréia de até 8 meses e ganho ponderal e há 1 ano galactorréia e cefaléia holocraniana. Exames da ocasião: TSH: 1192 mUI/ml (0,27-4,2); T4T:1,0 mg/dl (4,4-11,4) ; T3T: 0,41 ng/ml (0,7-2,1); prolactina: 69,2 ng/ml (3-20). Em serviço de endocrinologia foi confirmado quadro de mixedema acompanhado de galactorréia. Ressonância magnética (RM) de hipotálamo-hipófise mostrou lesão expansiva intra e supra selar com 1,9 x 1,4 x 1,9 cm nos seus maiores diâmetros, determinando compressão e desvio do quiasma óptico. Diante da possibilidade de hiperplasia das células produtoras de TSH, optamos por iniciar o tratamento do hipotireoidismo com levotiroxina. Após 2 meses de tratamento e normalização dos níveis séricos dos hormônios tireoidianos e do TSH, nova RM mostrou hipófise de tamanho normal. A regressão do volume hipofisário após terapia com levotiroxina confirmou a hipótese diagnóstica de hiperplasia hipofisária decorrente do hipotireoidismo primário. Nossos achados reforçam a importância da avaliação dos hormônios tireoideanos e TSH na investigação de aumento de volume hipofisário prevenindo uma cirurgia desnecessária.

[Primary hypothyroidism mimicking pituitary macroadenoma]. / Hipotireoidismo primário simulando volumoso macroadenoma hipofisário.

A 21-year-old woman complaining of 8-month amenorrhea associated to weight gain, galactorrhea and frequent headaches, presented for clinical evaluation; her laboratory tests were: TSH: 1192 mUI/ml (0.27-4.2); TT4: 1.0 microg/dl (4.4-11.4 l); TT3: 0.41 ng/ml (0.7-2.1); prolactin: 69.2 ng/ml (3-20) and a diagnosis of myxedema associated to galactorrhea was made. A hypothalamic-pituitary magnetic resonance imaging (MRI) showed a suprasellar and intrasellar mass lesion of 1.9 x 1.4 x 1.9 cm, determining compression and deviation of the optic chiasm. Due to the possibility of hyperplasia of the TSH-producing cells, treatment of hypothyroidism was initiated with levothyroxine. Two months later, upon normalization of thyroid hormones and TSH levels, a second MRI showed an anatomically normal pituitary gland. Regression of the pituitary mass after treatment with levothyroxine confirmed the hypothesis of pituitary hyperplasia secondary to primary hypothyroidism. Our findings support the importance of determining thyroid function tests during the investigation of pituitary masses and thus avoiding an unnecessary surgery.

Prevalência de bócio e nódulos tireoidianos detectados através de ultra-som em populaçäo com mais de 50 anos / Prevalence of goiter and thyroid nodules detected by of ultrasound in population over 50 years old

O objetivo deste trabalho foi estudar a prevalência de bócio e nódulos em uma populaçäo com mais de 50 anos, comparando-a com grupo controle composto pelos filhos. Para isso, foram avaliados 101 indivíduos (19M / 82F) com idades entre 51 e 85 anos e 65 filhos (18M / 47F)com idades entre 14 e 50 anos. Utilizamos o ultra-som para diagnóstico de bócio e nódulos, mas foi feita, também, avaliaçäo clínica com palpaçäo da tireóide. A prevalência de bócio e nódulos foi maior nos indivíduos com mais e 50 anos (15,8 por cento e 18,8 por cento, respectivamente), do que nos filhos (3,1 por cento e 7,7 por cento, respectivamente) Näo observamos correlaçäo entre volume tiroideano e idade. A palpaçäo da tiróide se mostrou pouco sensível para detecçäo de bócio e nódulos, mas com alta especificidade. Concluímos que a prevalência de bócio e nódulos é maior na populaçäo com mais de 50 anos, embora sem correlaçäo entre volume tiroideano e idade. O ultra-som se mostrou melhor que a palpaçäo isoladamente, na detecçäo de alteraçöes do volume e presença de nódulos tiroideanos.

Prevalência de dislipidemia em uma populaçäo com mais de 50 anos / Prevalence of dyslipidemia in a population over the age of 50 years

O objetivo do trabalho foi descrever a prevalência de dislipidemia numa populaçäo saudável com mais de 50 anos, comparando-a com um grupo controle composto pelos filhos. O grupo de estudo, composto por 159 pessoas com idade média de 63,3 anos, foi submetido à um questionário para detectar doenças presentes ou uso de drogas e a um exame clínico. A seguir, foi feita dosagem do colesterol total (CT), HDL-colesterol, triglicérides (TG), glicemia, funçäo hepática e renal. Os níveis de LDL-colesterol foram estimados pela fórmula de Friedwald. O grupo controle, composto por 78 filhos com idade média de 35,2 anos foi submetido à mesma avaliaçäo. A média dos níveis de CT, TG, LDL-c e HDL-c foi significantemente maior no grupo estudado (226 mg/dl; 166 mg/dl; 150 mg/dl e 45 mg/dl, respectivamente) que nos controles (180 mg/dl; 126 mg/dl; 106 mg/dl e 41 mg/dl, respectivamente). Observamos ainda, uma correlaçäo positiva dos níveis de CT, LDL-c e TG em funçäo da idade (p<0,01). A prevalência de níveis altos de CT foi de 34,4 por cento nos indivíduos com mais de 50 anos e de 5,2 por cento nos controles (p<0,01). Concluímos que a prevalência de dislipidemia em adultos com mais de 50 anos é maior que em grupos mais jovens, o que nos alerta para a necessidade de orientaçäo dietética, objetivando diminuir o risco de doença arterial coronariana nesta faixa etária.